quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Em alguma parte, alguma de mim

Gosto muito dos textos de Hagamenon Brito. Abaixo, o trecho de mais um e o link da coluna dele no Correio*
(http://www.correio24horas.com.br/blogs/pop-head/?p=988)

"Se não for com firmeza, não me abrace.Se não for com sinceridade, não sorria para mim. Se não for com prazer, não me beije. Só gosto do que é inteiro, de nada pela metade. Se não for com desejo, não pense em mim. Se não for com carinho, não me dê presente. Se não tem nada a dizer, não fale, não me encare - não sou flor que se cheire."

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ama-se por ...

"Ama-se para não esquecer. O que mais desejamos é que alguém nos guarde, nos ajude a lembrar. Pense em cenas que passaram juntos, devolva lembranças linha a linha, para sinalizar que tudo o que vive com ela é decisivo. Revele que conhece sua namorada nos gostos mais simples. Ao dizer que tem saudade do cheiro dos seus cabelos, seja específico, diga qual o xampu que ela usa. Intimidade é conhecer detalhes."

Via Fabrício Carpinejar (http://carpinejar.blogspot.com)

Fitas do Bonfim são atração no Porto de Salvador

Um breve comentário antes de lerem a matéria abaixo. Sou suspeita porque gosto, em especial, de todas as matérias que fiz na rua. A sugestão de pauta dessa, foi minha. Aceita pelo meu editor na época, Renan Pinheiro, parti para a pesquisa e logo para a rua. Coloquei a câmera fotográfica na bolsa, e segui para o Porto de Salvador.

Fiz a pauta, as fotos, as entrevistas, o texto ... Me diverti com fontes, com turistas, com o segurança do Porto tetando me impedir de tirar fotos do navio, porque eu estava em uma áea proibida. Ora ora, nunguém me disse que era proibida! rsrs Fiz umas duas fotos do navio bem de perto e me mandei antes de criar qualquer confusão ... O rsultado está abaixo. No site, a matéria não está assinada e o crédito das fotos não me foi dado por uma regra do site na época ... Hoje, as coisas mudaram po lá. Se divirtam!

19/01/2009 - 19h12m
Por Lílian Marques
(Publicada no iBahia.com/ http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=196870&id_secao=2002)

foto: Lílian Marques/iBahia.com
Turistas se encantam com as fitas do Bonfim

Berimbaus, camisas customizadas e cartões postais. Todos são lembranças levadas por quem passa pela Bahia. Mas, no Porto de Salvador, no bairro do Comércio, quem reina mesmo são as fitinhas do Senhor do Bonfim. Mesmo sendo um símbolo de crença, elas ganham formas das mais diversas no atracadouro da cidade. Algumas viram bolsas, pulseiras e até enfeites de sandálias.

Os turistas que chegam à capital baiana nos transatlânticos formam a principal clientela. Nas lojas, alguns deles apenas observam. Outros resolvem apreciar de perto os produtos e sacramentam a compra. ‘Na chegada, a maioria apenas olha, mas quando voltam do tour feito pela cidade acabam levando alguma lembrança. A maioria gosta das camisas do Brasil’, conta Lúcia Teixeira, proprietária de uma das lojas de variedades.

foto: Lílian Marques
Navio Mariner of the Seas chega a Salvador

E o movimento de turistas no Porto de Salvador segue em escala crescente. Somente na sexta-feira (16), dois mil deles desembarcaram na cidade. Todos vieram no navio Mariner of the Seas, a maior embarcação que visita a capital baiana nesta temporada. Até o fim do Verão, 102 transatlânticos devem aportar no atracadouro municipal.

Confira a galeria de fotos

Fiteiros - Além das lojas, vendedores ambulantes, mais conhecidos como fiteiros, batem ponto na entrada do terminal marítimo. Para atrair os visitantes, eles costumam chacoalhar as fitinhas, umas se debatendo nas outras. ‘Quem passa por aqui não sai sem a fitinha”, garante Ricardo Cruz, policial da Delegacia do Turista (Deltur) que participa do esquema de segurança no local na temporada de navios.

Mas não são todos os turistas que gostam da abordagem dos fiteiros. ‘O estrangeiro não gosta muito que os meninos peguem neles’, explica Ricardo Cruz. Segundo o policial, os ambulantes devem ficar a uma distância de pelo menos dez metros da entrada, para não importunar os turistas.

Os vendedores usam camisa verde com numeração. ‘Assim posso identificá-los, caso um turista reclame da atitude deles’, ressalta Ricardo cruz, que teve a iniciativa de organizar o número de fiteiros para trabalhar no local.

Ainda de acordo com Cruz, se algum dos vendedores se comportar de maneira indevida, fica sujeito a não trabalhar no dia em que o próximo navio chegar. Em caso de abordagem mais agressiva, o ambulante pode até perder a camisa. “Mas isso nunca aconteceu”, felicita-se o policial, dizendo que os "meninos" costumam ter bom comportamento.

foto: Lílian Marques/iBahia.comMelhorias - Para o fiteiro Carlos Batista de Matos, 17 anos, ficou melhor trabalhar no Porto após essa organização. Apenas 16 fiteiros ficam no Porto. ‘A concorrência é menor e fica mais tranquilo aqui’, conta o jovem, que está na função desde os 7 anos. ‘Ficava observando o trabalho até o dia que um amigo me chamou para fazer isso também’. Fora da temporada de navios, Carlos trabalha em uma fábrica de detergente, mas garante, com um tímido sorriso, que o rendimento no Porto é melhor do que na fábrica.

Franklin Santana Cruz, 23 anos, herdou a atividade em casa. ‘Aprendi com meu avô, que fazia as vendas na Igreja do Bonfim’. Quando não há navios no Porto, o local de trabalho é a Colina Sagrada. ‘Lá também usamos coletes, somos cadastrados pela prefeitura, mas aqui vendo mais’.

Nesta sexta-feira, os dois fiteiros chegaram ao Porto com 200 fitas. A expectativa é de que nenhuma fosse levada de volta. Quando o assunto é lucro diário, os dois garotos tentam esconder o jogo, mas revelam que, a depender do navio, o rendimento varia de R$ 30 a R$ 80 por dia. Porém, o policial Ricardo Cruz arrisca que, em alguns casos, eles chegam a levar para casa até R$ 150. “O movimento aqui é grande. Dá pra ganhar um dinheiro”.

Os dois jovens não escondem a preferência pelos turistas brasileiros. ‘Eles são mais legais, dão mais atenção e compram bastante também’. Quando oferecem a lembrança, os vendedores não esquecem de colocá-las no braço do turista e de informar que três pedidos podem ser feitos. Reza a lenda que quando a fita partir é porquê o desejo foi atendido ou o será em breve. Conforme explica a dupla, as mais procuradas são as brancas e vermelhas.